Coluna Jornal O Alto Uruguai- 05.09.2013
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Pensando gestão rural – e o estudo e a
vida de brasileiros no exterior
Viver
ou estudar no exterior é o sonho de muitas pessoas. O conhecimento de um novo
país, de uma nova cultura e de uma nova língua, pode proporcionar um
crescimento pessoal, além de profissional, muito grande. Prova disso, é o
estudo coordenado por Letícia Bicalho Canedo, da Faculdade de Educação da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e financiado pela FAPESP, que verificou
que grande parte dos dirigentes brasileiros passaram por uma especialização
internacional.
A
educação no exterior não é novidade no Brasil, já que existe desde o período
colonial – a partir de 1530, principalmente a nível universitário. Porém na
atualidade este fenômeno é verificado com maior frequência, se estendem a novos
grupos sociais e, além disso, se dão ao longo de todos os níveis de
escolarização (Aguiar, A. Estratégias educativas de internacionalização: uma
revisão da literatura sociológica, 2009).
Muitos
benefícios podem ser citados a partir de diferentes autores, sobre os
benefícios de um estudo no exterior, como maior cultura política,
desenvolvimento de uma cultura cosmopolita – “cidadão do mundo”, acumulação de
competências lingüísticas, constituição de uma rede de sociabilidade nos
diferentes países e constituição de uma rede de sociabilidade nos diferentes
países.
Os
pais avaliam a experiência acadêmica internacional dos filhos de diferentes
formas, podendo ter um caráter mais utilitarista, ou seja, o estudo no exterior
pode aumentar as chances escolares e profissionais futuras; ou ter uma perspectiva
identitária, ou seja, uma formação mais ampla de valores, da personalidade e da
autonomia pessoal (Prado, C. L. “Intercâmbios culturais” como práticas educativas
em famílias das camadas médias, 2002).
Vale
ressaltar que o estudo no exterior é incentivado também por países
desenvolvidos, prova disso, é a Declaração de Bolonha assinada inicialmente por
30 países europeus e que lançou o Processo Bolonha que visa introduzir um
sistema de graus académicos facilmente reconhecíveis e comparáveis, promover a
mobilidade dos estudantes, dos professores e dos investigadores, assegurar a
elevada qualidade da docência e incorporar a dimensão europeia no ensino
superior. Na atualidade 47 países integram o processo Bologna na europa (União
Europeia, Processo de Bolonha: estabelecimento do Espaço Europeu do Ensino
Superior).
No
Brasil, o programa oficial que incentiva experiências acadêmicas internacionais
é o Programa Ciências sem Fronteiras. Este programa criado em 26 de julho de
2011 busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e
tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio
e da mobilidade internacional. O projeto prevê a utilização de até 101 mil
bolsas em quatro anos, distribuídas em Doutorado Sanduíche – 15.000 bolsas;
Doutorado Pleno – 4.500 bolsas; Pós-doutorado – 6.440 bolsas; Graduação
Sanduíche – 64.000 bolsas; Desenvolvimento tecnológico e inovação no exterior –
7.060 bolsas; Atração de jovens talentos no Brasil – 2000 bolsas; Pesquisador visitante
especial no Brasil – 2.000 bolsas.
Se por um
lado a educação realizada, ou pelo menos parte dela, no exterior, pode
contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional e por isso é
incentivada, por outro lado a imigração irregular para o exterior preocupa o Governo
Federal. Um estudo recente revelou que em 2007 havia 3.044.762 brasileiros e
que 55% destes estão em situação irregular. Os países que concentram
brasileiros com maior situação de irregularidade são os Estados Unidos e a
Inglaterra (Marinucci, R. brasileiros e brasileiras no exterior, 2008). É
sabido que imigrantes irregulares não têm apoio jurídico ou médico, e por isso,
esta situação é desencorajada.
Para
finalizar, fica o convite aos jovens e profissionais que desejam aprimorar os
conhecimentos científicos e técnicos, para que aproveitem as oportunidades
internacionais oferecidas pelo país na atualidade.
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