Pesquisar este blog

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Pensando gestão rural – e o estudo e a vida de brasileiros no exterior

Coluna Jornal O Alto Uruguai- 05.09.2013



Carolina Bilibio é doutora em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras, com estágio na Universidade de Kassel, Alemanha. Possui graduação em agronomia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí. Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes. E-mail para contato: carolina.bilibio@yahoo.com.br
 


Pensando gestão rural – e o estudo e a vida de brasileiros no exterior
Viver ou estudar no exterior é o sonho de muitas pessoas. O conhecimento de um novo país, de uma nova cultura e de uma nova língua, pode proporcionar um crescimento pessoal, além de profissional, muito grande. Prova disso, é o estudo coordenado por Letícia Bicalho Canedo, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e financiado pela FAPESP, que verificou que grande parte dos dirigentes brasileiros passaram por uma especialização internacional.
A educação no exterior não é novidade no Brasil, já que existe desde o período colonial – a partir de 1530, principalmente a nível universitário. Porém na atualidade este fenômeno é verificado com maior frequência, se estendem a novos grupos sociais e, além disso, se dão ao longo de todos os níveis de escolarização (Aguiar, A. Estratégias educativas de internacionalização: uma revisão da literatura sociológica, 2009).
Muitos benefícios podem ser citados a partir de diferentes autores, sobre os benefícios de um estudo no exterior, como maior cultura política, desenvolvimento de uma cultura cosmopolita – “cidadão do mundo”, acumulação de competências lingüísticas, constituição de uma rede de sociabilidade nos diferentes países e constituição de uma rede de sociabilidade nos diferentes países.
Os pais avaliam a experiência acadêmica internacional dos filhos de diferentes formas, podendo ter um caráter mais utilitarista, ou seja, o estudo no exterior pode aumentar as chances escolares e profissionais futuras; ou ter uma perspectiva identitária, ou seja, uma formação mais ampla de valores, da personalidade e da autonomia pessoal (Prado, C. L. “Intercâmbios culturais” como práticas educativas em famílias das camadas médias, 2002).
Vale ressaltar que o estudo no exterior é incentivado também por países desenvolvidos, prova disso, é a Declaração de Bolonha assinada inicialmente por 30 países europeus e que lançou o Processo Bolonha que visa introduzir um sistema de graus académicos facilmente reconhecíveis e comparáveis, promover a mobilidade dos estudantes, dos professores e dos investigadores, assegurar a elevada qualidade da docência e incorporar a dimensão europeia no ensino superior. Na atualidade 47 países integram o processo Bologna na europa (União Europeia, Processo de Bolonha: estabelecimento do Espaço Europeu do Ensino Superior).
No Brasil, o programa oficial que incentiva experiências acadêmicas internacionais é o Programa Ciências sem Fronteiras. Este programa criado em 26 de julho de 2011 busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos, distribuídas em Doutorado Sanduíche – 15.000 bolsas; Doutorado Pleno – 4.500 bolsas; Pós-doutorado – 6.440 bolsas; Graduação Sanduíche – 64.000 bolsas; Desenvolvimento tecnológico e inovação no exterior – 7.060 bolsas; Atração de jovens talentos no Brasil – 2000 bolsas; Pesquisador visitante especial no Brasil – 2.000 bolsas.
Se por um lado a educação realizada, ou pelo menos parte dela, no exterior, pode contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional e por isso é incentivada, por outro lado a imigração irregular para o exterior preocupa o Governo Federal. Um estudo recente revelou que em 2007 havia 3.044.762 brasileiros e que 55% destes estão em situação irregular. Os países que concentram brasileiros com maior situação de irregularidade são os Estados Unidos e a Inglaterra (Marinucci, R. brasileiros e brasileiras no exterior, 2008). É sabido que imigrantes irregulares não têm apoio jurídico ou médico, e por isso, esta situação é desencorajada.
Para finalizar, fica o convite aos jovens e profissionais que desejam aprimorar os conhecimentos científicos e técnicos, para que aproveitem as oportunidades internacionais oferecidas pelo país na atualidade.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá!
Seja bem-vindo ou bem-vinda !Seu comentário contrutivo refletirá em um conteúdo melhor para todos.
Obrigada...
Líbia