Coluna Jornal das Missões- 15.08.2013
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Pensando gestão rural - e a situação
energética no Brasil (CSP)
A energia é um item
essencial para a vida humana, assim como a água e o ar. A energia humana e
animal foram às energias mais utilizadas no início do desenvolvimento das
sociedades. Posteriormente a lenha passou a ser utilizada pelo homem para o aquecimento
e preparação dos alimentos. Porém, com o aumento da população e com o
desenvolvimento das atividades econômicas, não somente aquelas ligadas
a agricultura, outras fontes energéticas começaram a ser utilizadas, como o
carvão mineral e os derivados do petróleo - gasolina e o diesel. As primeiras
petrolíferas surgiram por volta de 1850.
Um
dos itens utilizados para verificar o grau de desenvolvimento de um país é a
oferta e o consumo de energia, expressa em toneladas equivalente de petróleo -
tep, que representa também o acesso a bens de consumo essenciais e a serviços
de infraestrutura pela população. Uma tonelada de petróleo equivale a 10
milhões de quilocalorias (kcal) (Goldemberg & Lucon, 2007).
No
Brasil, a oferta interna de energia foi de 1,29 tep por habitante em 2007,
oferta energética inferior a média mundial de
1,8 tep por habitante (Vichi &
Mansor, 2009), inferior também a oferta
de energia primária de 14,6 tep na Islândia e a 9,6 tep em Luxemburgo, mas
superior ao continente africano, que apresenta uma oferta de menos de 1 tep no
mesmo período (OECD, 2009). Alguns estudos indicam que quando a oferta de
energia per capita é inferior a uma tonelada equivalente de petróleo por ano,
as taxas de analfabetismo, mortalidade infantil e fertilidade são altas,
enquanto a expectativa de vida é baixa.
O cenário energético atual do Brasil, com referência ao ano
de 2012 segundo o Balanço Energético Nacional realizado pelo Ministério de
Minas e Energia e a Empresa de Pesquisa Energética (2013), aponta para um
consumo de 42,4% de energias renováveis (maior do que a média mundial de 14%),
e 57,6% de energias não renováveis. As energias renováveis incluem derivados de
cana-de-açúcar - 15,4%, hidráulica e eletricidade - 13,8%, lenha e carvão
vegetal - 9,1% e as energias não renováveis incluem o gás natural - 11,5%,
carvão mineral e derivados - 5,4%, petróleo e derivados - 39,2% e urânio e
derivados - 1,5%.
Os setores que mais consomem energia no Brasil são:
indústrias – 35,1%; transporte: 31,3%, residencial: 9,4%, setor energético –
9,0%, agropecuária – 4,1%, serviços, 4,5%. O consumo total de energia em 2012
foi de 283,6 milhões de tep. Para 2030 se espera um consumo variando entre 309
e 474 milhões de tep para uma população projetada de 238 milhões de habitantes
(MME, 2007).
O setor energético é responsável pela emissão de aproximadamente
2/3 dos gases que provocam o efeito estufa, já que mais de 80% da energia global
consumida é proveniente de combustíveis fósseis - carvão mineral, petróleo e gás natural. Os países que não integram a
Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento – OCED, são responsáveis na atualidade por 60% das emissões globais.
A china é o segundo país com maior consumo energético global, atrás somente dos
Estados Unidos. A China é também o maior emissor mundial de gases que provocam
o efeito estufa. Alguns estudos indicam que em maio de 2013, a concentração de
gás carbônico na atmosfera foi superior a 400 partes por milhão pela primeira
vez em centenas de anos (International Energy Agency, 2013).
É sabido que a concentração excessiva de gás carbônico na
atmosfera é um dos principais fatores responsáveis pelas alterações climáticas
que podem provocar maior freqüência e intensidade de fenômenos extremos, como
tempestades, enchentes, ondas de calor além da elevação do nível do mar e
aumento das temperaturas médias.
Para concluir se destaca que temas relacionados a
bioenergia, eficiência energética
e energias renováveis, podem permanecer com um dos principais temas de estudos
para atender de forma sustentável o desenvolvimento dos países.
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