Coluna Jornal o Celeiro -
28.09.2012
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Pensando
gestão rural - e os desafios e as vantagens dos trópicos
Entre
os dias 11 e 18 de setembro de 2012 aconteceu na Universidade de Giessen,
Alemanha, o curso de verão: desafios e as vantagens dos trópicos. Os 25
participantes de três continentes, Africa, Asia e América latina, foram
convidados pelo Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico para participar do
curso e posteriormente atender o Tropentag, dia dos (Sub) Trópicos, na
Universidade de Göttingen, Alemanha, entre os dias 18 e 21 de setembro. Os
temas discutidos incluiram: Agricultura e segurança alimentar; Gestão da água;
Energia renovável para o desenvolvimento e segurança; Conservação da
biodiversidade; Gestão geral de recursos.
Os
principais desafios discutidos relacionados aos temas foram: (1) necessidade de intervenções tecnológicas e formulação de
programas de desenvolvimento que visem produtividades mais elevadas das
principais culturas agrícolas, já que a atividade econômica predominante da região
dos trópicos é agricultura e o desenvolvimento atual desta atividade não está
sendo suficiente para garantir o abastecimento de alimentos na região; (2) necessidade
de desenvolver mecanismos para aumentar a quantidade e qualidade da água na
região dos trópicos; utilização de água residual; tratamento de água;
mecanismos de cobrança de água; (3) conscientização da importância da utilização
da energia renovável e a necessidade de cooperação regional para aumentar a
capacidade de investimento no setor, mitigando desta forma, os altos custos dos
investimentos iniciais; (4) manutenção das práticas tradicionais sustentáveis
das comunidades locais que atendam também as demandas econômicas; (5) formulação
de políticas públicas participativas; troca de experiências entre países que
possuem boas práticas de gestão dos recursos naturais; cumprimentos de leis;
gestão do uso e disponibilidade da terra; (6) necessidade de pesquisa sobre os
principais impusionadores e também barreiras para a integração regional como estratégia
para a competitividade global; cuidado com aplicações de pronunciamentos
globais a nível regional e local, para evitar abordagens de uma solução única.
Os
temas foram discutidos por meio de apresentações realizadas pelos pesquisadores-participantes,
entre as quais destacou-se a intervenção do Ministro da Agricultura da Índia, o
qual descreveu que a Índia tem sua economia baseada na agricultura, que consome
56% da força de trabalho e contribui com mais de 16% do Produto Interno Bruto.
As principais culturas cultivadas são: trigo, arroz, milheto, oleagionas/leguminosas,
frutas e vegetais. Os desafios da agricultura na Índia são: baixa mecanização; domínio
de pequenas propriedades, mais de 80% dos agricultores tem menos de 1 (um)
hectare; baixa produtividade de grãos; elevada exploração de águas
subterrâneas; baixo valor agregado dos produtos; baixa fertilidade dos solos;
incerteza nos preços agrícolas. Consequentemente, as medidas dos programas
governamentais para desenvolver o setor incluem demonstrações de técnicas de
conservação do solo e da água, demonstrações de técnicas que visem o aumento de
produtividade, disponibilidade de crédito para aumento da mecanização, promoção
da micro irrigação.
Outra
intervenção com contribuições importantes foi realizada pelo Diretor Geral do
Instituto da Conservação da Biodiversidade da Etiópia, o qual destacou o papel
da agrobiodiversidade (ou biodiversidade agrícola) para a segurança alimentar e
adaptação às alterações climáticas, enfatizando que a agrobiodiversidade
promove a manutenção da fertilidade do solo, controle de doenças e pragas,
manutenção do ciclo hidrológico, controle da erosão, sequestro do carbono.
Por
fim, destaca-se que o curso teve como objetivo final, a formação de networks
para o desenvolvimento de futuros projetos de pesquisa entre os países
/instituições participantes
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